terça-feira, 1 de outubro de 2013

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01/10/2013 20h41 - Atualizado em 01/10/2013 21h46


Governador convida PSOL e PSTU a explicarem ação policial desta terça.
Polícia realizou busca e apreensão em residências de manifestantes.

Do G1 RS
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Tarso Genro não acredita em perseguição política (Foto: Reprodução/Youtube)Tarso Genro não acredita em perseguição política na
busca e apreensão (Foto: Reprodução/Youtube)
O governador do Rio Grande do Sul,Tarso Genro, divulgou na noite desta terça-feira (1) um vídeo no qual afirma que a busca e apreensão realizada em residências de manifestantes não foi planejada para ter cunho político. Tarso afirma que pedirá ao PSOL e PSTU, partidos aos quais os alvos da ação são ligados, explicações para verificar se houve perseguição política.
"Quero ouvir os partidos e vou tomar providências corretivas se eventualmente houve algum equívoco dos nossos órgãos de segurança ao solicitar este tipo de diligência", disse o governador, acrescentando que o governo "não compactua com nenhum tipo de perseguição política". Veja o vídeo aqui.
Na tarde de terça, a polícia cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, dois deles em residências de manifestantes. As buscas foram feitas em residências e locais onde, segundo a polícia, os suspeitos se encontravam para planejar ações de vandalismo e violência.
Tarso diz que não considera os suspeitos manifestantes. Segundo o governador, o delegado Marco Antônio de Souza, responsável pelo caso, agiu "dentro do estado democrático de direito" ao solicitar os mandados à Justiça.
"Foi uma diligência autorizada judicialmente, com promoção ao Ministério Público, ingressando a fatos que não são de natureza política", afirmou o governador.
Operação não teve cunho político, diz secretário
Souza, Michels e Ranolfo explicam a busca e apreensão de materiais de manifestantes (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)Souza, Michels e Ranolfo explicam a busca e
apreensão (Foto: Vanessa Felippe/RBS TV)
Conforme entrevista coletiva concedida pelo secretário de Segurança, Airton Michels; o chefe de polícia do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, e o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio de Souza, a operação não teve cunho político, e o objetivo é identificar autores, e não combater opiniões ou ideologias. Souza garantiu que a orientação não é apreender materiais de cunho ideológico. A polícia disse também que a ação não tem relação com oindiciamento de professores.
A operação desta terça é referente ao inquérito da manifestação ocorrida no dia 27 de junho. Foram apreendidos documentos, outros materiais e uma pequena quantidade de drogas. Ninguém foi preso, mas uma pessoa foi indiciada.

Ao todo, a investigação dos protestos na capital gaúcha, que ainda está em andamento e inclui outros inquéritos, já resultou no indiciamento de 75 pessoas. Entre os crimes atribuídos estão furto qualificado, dano qualificado, resistência, desobediência e posse de artefatos explosivos. Das 72 pessoas presas em flagrante durante as manifestações, apenas três seguem detidas.
Manifestantes lembram ditadura
Militantes que tiveram materiais apreendidos afirmaram que a ação foi semelhante às práticas adotadas durante a Ditadura Militar. Um deles foi o estudante Matheus Gomes, 22 anos, do diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Gomes disse ao G1 que foram levados da sua residência computadores, livros, documentos políticos e outros textos.
"Desde a época da ditadura não havia uma ação desta maneira. É uma repressão e uma tentativa de calar o movimento porque nossas pautas não foram atendidas", disse o militante.
O estudante Lucas Maróstica disse que estava desembarcando em Minas Gerais quando soube que policiais realizaram busca em sua residência. Segundo ele, foram levados um computador, panfletos e cartazes.
"Isso me lembra a ditadura", diz o manifestante, que diz ter sido acusado de formação de quadrilha. "É um absurdo. Estive ao lado de milhares de pessoas em Porto Alegre que apoiaram a luta. Isso é chocante. Por que esta acusação? Porque está havendo um enfrentamento ideológico", afirmou.
Une repudia ação
A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou uma nota lamentando que a residência de Maróstica, que também é diretor da entidade, foi "arrombada e invadida por policiais". O texto afirma que a operação "lembra os sombrios tempos da ditadura".

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