terça-feira, 8 de outubro de 2013

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Efeito Marina08/10/2013 | 06h02

Definição das principais candidaturas à Presidência acelera disputa por alianças políticas para eleições ao governo no RS

Apoio de Marina Silva a Eduardo Campos interfere na briga por apoio com concorrentes ao Piratini


Com as principais candidaturas à Presidência praticamente definidas, começa a se esboçar uma disputa acirrada por palanques — e votos — nos Estados.

No Rio Grande do Sul, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE) brigam por aliados, e o foco do assédio tem nome: Ana Amélia Lemos (PP). Já a presidente Dilma Rousseff tem o apoio do governador Tarso Genro, que também concorrerá à reeleição pelo PT.
A um ano do pleito, a corrida ganhou novos contornos com a reviravolta provocada porMarina Silva no último sábado. Ao se filiar ao PSB e aceitar a possibilidade de ser vice de Campos, a ex-senadora acelerou a disputa por alianças regionais.

No RS, Ana Amélia está no centro das atenções por aparecer nas pesquisas como a maior aposta da oposição a Tarso. Mesmo que a candidatura ainda não esteja confirmada, o PP vem sendo sondado por siglas como PSB, PSDB, PMDB e até PDT, que segue nos governos Tarso e Dilma, mas está dividido.

— Nossa única certeza é de que não apoiaremos Dilma, nem que o PP nacional nos obrigue. Em relação aos outros partidos, não vamos decidir nada antes de abril — diz o presidente estadual do PP, Celso Bernardi.

Duas possibilidades se sobressaem à sigla: ter como vice o PSB ou o 
PSDB e, assim, assegurar palanque para Campos ou Aécio. O governador de Pernambuco teria saído em vantagem na briga, mas nem todos acreditam que o jogo está ganho.

— A chegada da Marina vai colocar o PP mais perto do Aécio. As posições dela na área rural são muito diferentes das que defende a Ana Amélia. Isso vai pesar na decisão — diz o presidente estadual do PSDB, Adilson Troca.

As executivas estaduais de PMDB e PDT seguem trabalhando para ter candidaturas próprias, mas continuam abertas ao diálogo. Romildo Bolzan Jr., presidente do PDT, admite que a legenda pode acabar se dividindo entre Dilma e Campos. Edson Brum, presidente do PMDB, não descarta um eventual apoio à presidente:

— Se Dilma quiser, terá de garantir que virá para o nosso palanque. Pode até ir para o do Tarso também, mas não abrimos mão. Sem isso, não existe a menor chance. Outra possibilidade é apoiarmos o PSB. Ainda é cedo para decidir.
As possibilidades

AÉCIO NEVES (PSDB)
1ª opção — PSDB com PP: o PSDB indicaria o vice de Ana Amélia e, assim, viabilizaria palanque para Aécio. A senadora, porém, tem restrições ao acerto. O PP nacional também precisa definir o rumo: manter apoio a Dilma ou liberar os diretórios estaduais para decidirem alianças.
2ª opção — PSDB com PMDB: também existe a chance, embora remota, de uma dobradinha com o PMDB, que defende a candidatura de José Ivo Sartori a governador. O PSDB entraria como vice. O problema é a relação com o PMDB nacional, que deve apoiar a reeleição de Dilma.
3ª opção — Candidato do PSDB: por enquanto, é a menos provável. Um dos nomes ventilados para cabeça de chapa é o de Sanchotene Felice. Em 2010, quando o partido comandava o Estado, o resultado não foi bom: candidata à reeleição, Yeda Crusius ficou em terceiro lugar.

DILMA ROUSSEFF (PT)
1ª opção — Palanque garantido: como Tarso Genro disputará a reeleição pelo PT, a presidente já tem um palaque definido. Isso não significa que Dilma não tentará ampliar o apoio, especialmente depois da união de Marina e Eduardo Campos. PMDB e PDT estão no horizonte.
2ª opção — acerto com o PMDB: há mobilização pela candidatura de José Ivo Sartori (PMDB). Como a legenda está no governo federal, não é impossível que apoie Dilma no RS. Isso vai depender de ela se comprometer a subir no palanque do partido, dividindo-se entre PT e PMDB.
EDUARDO CAMPOS (PSB)
1ª opção — PSB com PP: é a hipótese mais comentada na sigla. O PSB indicaria o vice de Ana Amélia e, assim, viabilizaria palanque para Eduardo Campos. A questão é encontrar uma forma de apresentar a chapa, uma vez que será a união de um partido socialista com um conservador.
2ª opção — PSB com PDT ou PMDB: tanto PDT quanto PMDB já lançaram nomes para cabeça de chapa (Vieira da Cunha e José Ivo Sartori, respectivamente). Os dois partidos também têm abertura ao PSB, que indicaria o vice. As três legendas podem acabar juntas.
3ª opção — Candidato do PSB: é a mais difícil, mas, com a virada proporcionada pela adesão de Marina Silva ao partido, não está descartada, já que o PSB ganhou força. O candidato, nesse caso, poderia ser o deputado Beto Albuquerque, mas ele teria de abrir mão da candidatura ao Senado.

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