domingo, 29 de junho de 2014

A Internacional do Capital Financeiro Governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro. Acompanhe no www.facebook.com/groups/amigos.rs/


Diferentemente das crises clássicas do capitalismo, a atual se diferencia por encontrar o capital com um grau organização mais complexo e sofisticado. 29/06/2014

Tarso Genro

ArquivoA revista Forbes publicou em maio deste ano que 5% do PIB brasileiro está nas mãos de quinze ilustres famílias, que detém um patrimônio de 269 bilhões de reais. Thomas Piketty, autor do "O Capital no Século 21" - mencionado por Paul Krugman como provavelmente o mais importante livro de economia desta década - é autor de uma frase de uma obviedade alarmante nos dias que correm, mas que passa ter valor especial porque é formulada, não por um inimigo do capitalismo, mas por um insatisfeito com os seus rumos atuais: "os poucos que estão no topo  - diz Thomas - tendem a apropriar-se de uma grande parcela da riqueza nacional, à custa da classe média baixa" e que "isso já aconteceu no passado e pode voltar a acontecer no futuro". 
 
O remédio apontado pelo autor, um imposto global progressivo, vai precisamente contra a tendência autorizada pelas grandes agências financeiras, públicas e privadas, de importância no mundo, como se vê nas medidas em andamento nos países da União Europeia, que pretendem recuperar suas combalidas economias. Estudo recente, publicado pelo "El País" (22 jun. 2014), mostra 10% de queda nos gastos de alimentação da população espanhola no ano de 2013, o que atinge diretamente o consumo básico dos assalariados, aposentados e desempregados, que vivem da parca ajuda estatal. 
 
No âmbito da crise, os índices de pobreza, já alarmantes, aumentaram gravemente  nos Estados Unidos, pois hoje já afetam 46 milhões de norte-americanos, maior cifra dos últimos 50 anos, que deve ser combinada com o aumento da renda dos 1% mais ricos, em 9%, nos últimos 35 anos. ("Página 12", 23 jun.14, baseado em estudos do professor Abraham Lowenthal, emérito da Universidade do Sul da Califórnia). Os Estados Unidos, como se sabe, superam a União Europeia em desigualdade, pois nesta a maior concentração de renda está com 10% da população e nos EUA a maior concentração de renda, em termos relativos, está com 1% da população.
 
Cabe um comparativo latino-americano, para verificarmos como os diferentes países colocados na cena mundial globalizada, reagem perante os dissabores da atual crise do capital. Recentemente os nossos "especialistas" em desastres econômicos - sempre atentos aos interesses especulativos e manipulações políticas no mercado de ações -passaram a mostrar a genialidade da direita mexicana para lidar com o baixo crescimento e a pobreza. Quando se depararam com as estatísticas - a partir de 2003 a economia brasileira cresceu 45,44% e a economia mexicana, no mesmo período, cresceu 30,471% - o México desapareceu das suas colunas proféticas. Mormente porque ficaria chato revelar que a participação dos salários na renda nacional, no Brasil é de 45% e no México é de 29%.  Ou seja, o Brasil cresceu muito mais com menos desigualdade. 

Esse rápido repasse na crise do capitalismo, presidido pela agenda neoliberal, serve para ilustrar a guerra de interpretações travada no meio intelectual, pelas redes e pelos órgãos de imprensa tradicional, entre as lideranças das mais diversas posições do espectro político. De um lado, estão os que entendem que a crise ocorre  porque todas as "reformas", necessárias para o reinado completo do capital financeiro sobre a vida pública e sobre os estados (capturados pelas agências que  especulam com a dívida pública, para acumular sem trabalho) aquelas reformas, repito, não foram feitas pelos governos. Por isso, as baixas taxas de crescimento, o aumento da pobreza e do desemprego.
 
Num outro polo, os que, por diversos meios e com diversas gradações,  sustentam que a decomposição da socialdemocracia, em nome de um "ajuste" conservador e predatório dos direitos sociais  (com a renúncia de uma agenda socialista ou democrático-social verdadeira), significou a vitória dos valores dos que "estão no topo", como diz Piketty. E que a pretensão verdadeira daquela agenda é desapropriar os direitos sociais, que vem sendo conquistados desde o Século 19, para conformar uma sociedade dos mais aptos, dirigida pelos mais fortes e mais ricos, capazes de se servir das grandes transformações tecnológicas, distribuindo migalhas de sobrevivência para a maioria da população, tendo como intermediária uma pequena e rica classe média, apartada nos seus condomínios ou pequenos bairros com segurança privada. 
 
A campanha contra o Governo brasileiro e contra o Estado brasileiro, desencadeada pelos órgãos de imprensa e partidos políticos vinculados à primeira posição, no mundo inteiro,  passava a imagem de um país degradado na sua vida pública, com autoridades incapazes de acolher um evento como a Copa do Mundo, incompetentes para dar segurança às autoridades de fora do país e ineptos para a realização da própria competição. Esta campanha, no entanto,  não foi um mero mau humor da direita mundial. Foi nitidamente uma orquestração política de caráter estratégico  para desmoralizar um BRIC que, com seus avanços e recuos, com as suas vacilações e posições ousadas, já tinha demonstrado que é possível crescer, distribuir renda, cuidar da vida dos mais pobres e excluídos e, ainda,  exercer um papel político no cenário internacional,  com certa margem de autodeterminação e soberania, criticando o neoliberalismo com as "costas quentes". À esquerda ultra-radical isso parece pouco, mas,  examinada a situação internacional e a própria fragilidade interna das bases políticas para desenvolver estas ações de resistência, convenhamos que é um feito extraordinária que nenhum governo, pelo mundo afora, conseguiu realizar com tal amplitude.
 
O mais grave é que os veículos de comunicação tradicionais do país, não só repassaram este pânico desmoralizante da nação e das suas instituições, como alimentaram com falsas informações os veículos externos. Trabalharam diretamente contra o Brasil, embora já ensaiem uma autocrítica oportunista, Não se tratou de mero equívoco, mas de parceria política, porque, para estes grupos, nunca se coloca como real a disjuntiva "Soberania X Dependência", ou "Estado Social x Estado Mínimo", ou "Cooperação Interdepende x Subordinação Dependente", ou mesmo "Democracia x Autoritarismo". Porque soberania, estado social, cooperação sem submissão, sempre apontam para mais democracia (não menos democracia), para mais participação das pessoas na política e na renda (não menos participação)  e as receitas europeias para resolver as crises são incompatíveis com tais conquistas da modernidade.
 
O traço material desta aliança e da campanha contra o Brasil é o interesse em ganhar dinheiro com a dívida pública, gerando instabilidade e desconfiança nos governos ou submetendo as nações a governos dóceis e à agenda da redução das funções públicas do Estado. A ideologia da aliança é o liberalismo econômico, ora ornamentado com traços de fascismo e intolerância, ora casado com a austeridade fiscal. Ela tanto pode arrastar as classes médias para os protestos, como atiçar o "lúmpen" para fazer quebradeiras de bens públicos e privados -principalmente bens públicos - assim esvaziando os movimento sociais e políticos de esquerda, que estão insatisfeitos, com justiça, com os limites que já bloqueiam o crescimento econômico e impedem  a melhoria da qualidade do serviços públicos nas áreas da saúde, transporte e segurança, principalmente nas grandes regiões metropolitanas. A repressão, então, por este mecanismo perverso de isolamento dos lutadores sociais, aparece legitimada para a maioria da sociedade, que não se identifica com a violência gratuita à margem da lei, aceitando uma violência do Estado, que julga "necessária", mesmo que muitas vezes também à margem da lei.
 
Arrisco dizer que, diferentemente das crises clássicas do capitalismo - como na crise de 29 e  na crise "do petróleo" nos anos 70 - a crise atual se diferencia, enquanto crise política conjugada com a crise econômica,  por encontrar o capital com um grau organização mais complexo e sofisticado, sem aparência imediata, mas mais capaz de interferir rapidamente sobre os Estados, sem guerras extensivas e ocupações militares em todos os territórios de domínio. De um lado, há uma verdadeira "Internacional do Capital Financeiro", com seus tentáculos internos na mídia e nos partidos tradicionais  -que já avança sobre os não tradicionais através do financiamento privado das campanhas eleitorais-  e, de outro, há uma visível fragmentação na estrutura material e espiritual das classes populares,  com a correspondente fragmentação dos seus movimentos e partidos.
 
Os bancos centrais dos países ricos, as agências privadas de risco, as instituições financeiras destinadas a especulação, juntamente com as grandes cadeias de comunicação globais, são organizados diretamente pelo dinheiro e apoiadas na reprodução ficta do dinheiro, com um manto ideológico e político que  carece de coerência programática, mas que se amplia no próprio movimento do dinheiro, como acumulação artificial incessante. Esta vai aparelhando e submetendo instituições, grupos e indivíduos, em todas as esferas da vida pública, assim tornando os próprios partidos liberais e neoliberais supérfluos, como inteligência política, constituindo-os como mera extensão e reprodução daquele movimento do dinheiro, promovendo a irrelevância das suas construções programáticas. 
 
O surgimento de partidos de extrema direita e de caráter fascista em toda a Europa, com base de massas, também é uma agonia da política burguesa democrática em seu sentido clássico e, em termos humanos, imprime nestes  partidos o mesmo conteúdo ideológico de barbárie que move as atuais guerras de conquista territorial pelas fontes de energia fóssil: ambos os processos são inspiradas pelo espírito patriótico, ambos dependem de aplicação de doses maciças de violência para serem vitoriosos, ambos respaldam o poder dos mais fortes e mais decididos a dominar e vencer, ambos não tem a aniquilação da vida do outro como limite moral do seu projeto de poder.
 
Ao tentar desmoralizar o Brasil, sem qualquer rubor e apostando que a Copa fosse um festival de incompetência e violência generalizada, a direta conservadora e antidemocrática do país - associada material e ideologicamente ao capital financeiro e sua estrutura de poder internacional - mostrou mais uma vez que não conhece o Brasil. Nem o que tem de bom, produtivo e organizado, no Estado brasileiro. Não conhece o seu povo, porque não convive com as suas lutas nem compreende a sua linguagem, como demonstraram quando quiseram impedir o Prouni e o Bolsa-Família, por exemplo. Não conhecem o Estado Brasileiro, porque prestam atenção somente nas suas imperfeições e mazelas históricas, com os olhos de quem quer destruir o que ele tem de público para construir uma nação soberana, pautada pela Justiça e pela Liberdade. 


(*) Governador do Estado do Rio Grande do Su
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Copa do Mundo 2014 Confira a tabela completa do Mundial Oitavas de final Alemanha jogará em Porto Alegre contra Argélia Participe do grupo #AtualidadesPolíticasdoRS no face: www.facebook.com/groups/amigos.rs/

  •  FRA
       seg - 30/06 - 13:00
    NIG 
  •  ALE
       seg - 30/06 - 17:00
    ARG 
  •  HOL
       dom - 29/06 - 13:00
    MEX 
  •  COS
       dom - 29/06 - 17:00
    GRE 
  •  ARG
       ter - 01/07 - 13:00
    SUI 
  •  BEL
       ter - 01/07 - 17:00
    EST 
  •  
       sex - 04/07 - 17:00
     
  •  
       sex - 04/07 - 13:00
     
  •  
       sáb - 05/07 - 17:00
     

Imprensa internacional classifica o Mundial no Brasil como o melhor da história. Participe do grupo www.facebook.com/groups/amigos.rs/


Organização, segurança e infraestrutura chamam atenção de jornais estrangeiros. Hospitalidade brasileira é elogiada mundo afora.

Foto: Imprensa internacional classifica o Mundial no Brasil como o melhor da história. Organização, segurança e infraestrutura chamam atenção de jornais estrangeiros. Hospitalidade brasileira é elogiada mundo afora
 http://www.brasil.gov.br/esporte/2014/06/imprensa-internacional-reconhece-a-copa-no-brasil-como-um-exemplo-de-organizacao #CopaDasCopas mesmo!!

Quando a bola rolou para o início da Copa do Mundo, o Brasil começou a por à prova sua capacidade em realizar o evento com sucesso. Com pouco mais da metade dos jogos realizados, o País tem  recebido diversos elogios da imprensa internacional. Jornais americanos, ingleses, franceses, alemães têm destacado esta edição como uma das melhores da história pelo futebol apresentado, pela receptividade do povo brasileiro e também pela logística vista fora das quatro linhas.
O jornal "El País" enviou um representante ao Brasil e constatou que o cenário de caos previsto por alguns antes do início da competição não se concretizou. Para o profissional do diário espanhol, o mundial supera as expectativas. “Em geral, as partidas ocorrem pontualmente, de maneira brilhante. As ruas se enchem de torcedores felizes, envolvidos em um clima cada vez mais festivo”, disse.
Ele destaca ainda que os acessos aos estádios foram tranquilos e que os aeroportos funcionam normalmente, com alguns atrasos normais de grandes cidades ao redor do mundo. “As partidas ocorreram de maneira aceitável e os torcedores de todas as equipes que utilizaram esse estádio, para não irmos mais longe, chegaram a ele sem problemas e puderam aproveitar o jogo” analisou.
Estádios e Aeroportos funcionando bem 
Quem também adota um discurso otimista com a Copa no Brasil é o mundialmente reconhecido "The New York Times". O jornal americano destacou a qualidade do futebol disputado , com resultados imprevisíveis e muitos gols, e também elogiou os gramados brasileiros, mesmo em condições adversas. “Em geral, as condições de jogo para a maioria dos jogos têm sido excelentes, o que, em cidades como Natal e Salvador - onde os campos foram agredidas com um período de chuva excepcionalmente pesado - foi uma prova da qualidade dos sistemas de drenagem”, afirmou a publicação.
A revista britânica  “The Economist” ressaltou que os investimentos feitos pelo Brasil são agora vistos em construções entregues. “Já na chegada, você pode ver onde alguns dos 11 bilhões de reais (US $ 5 bilhões) gastos em aeroportos brasileiros entre 2011 e 2014 . Um misto de cimento e tinta fresca permeiam o novo terminal de Natal” constatou o diário, ainda lembrando que centrais de comando foram criadas no País para coordenar as ações de defesa e segurança.
O também inglês “The Guardian” fez um dia a dia em várias cidades brasileiras. O jornalista que veio ao Brasil se encantou com a paixão do brasileiro pelo futebol citando a experiência vivida em Cuiabá. “O fanatismo pela Seleção é extraordinário. Todos, independentemente da idade, sexo ou profissão, estão vestindo amarelo ou verde e estão reunidos por sua paixão para a equipe nacional”, destacou, revelando ter se encantado também com as paisagens brasileiras.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Enquanto David Beckham se encanta pelo índios e cultura do Brasil em visita ao Amazonas Ronaldo Nazario Diz sentir vergonha do Brasil. Into The Unknown www.facebook.com/groups/amigos.rs/

David Beckham faz visita relâmpago ao Amazonas para gravar documentário

O ex-craque veio ao país para assistir aos desfiles das escolas campeãs do Rio de Janeiro e aproveitou para conhecer algumas cidades brasileiras

quarta-feira, 18 de junho de 2014

PARTE DA MÍDIA ESTRANGEIRA VÊ COPA COMO A MELHOR DOS ÚLTIMOS TEMPOS www.facebook.com/groups/amigos.rs/

Ricardo Stuckert/ CBF:

'New York Times' fez um vídeo poético sobre a torcida, mostrando toda a nação diante da TV em diversos lugares do Brasil no momento do primeiro gol de Neymar; canal Eurosport, do Yahoo, diz: "Com apenas quatro dias, Copa no Brasil já caminha para ser a melhor de todos os tempos"

O canal Eurosport do Yahoo diz: "Com apenas quatro dias, Copa no Brasil já caminha para ser a melhor de todos os tempos". A matéria elogia o alto número de gols, nenhum empate até agora, as estrelas das respectivas equipes estão se consagrando, as surpresas da Espanha goleada pela Holanda, e do Uruguai sofrer uma derrota para a Costa Rica, mas além disso tudo ainda passa a ideia da expressão "Se você não curtir uma Copa no Brasil ou é ruim da cabeça ou doente do pé" em um versão inglesa de dizer isto:
"Esqueça os campos de futebol das escolas públicas na Inglaterra, o Brasil é o lar espiritual real deste esporte. (...) Se você não pode se animar com a Copa do Mundo no Brasil você precisa verificar seu pulso".
No mesmo canal, em matéria sobre o primeiro jogo do Brasil, compara as desigualdades do Brasil à "Bela e a Fera", e faz uma metáfora com o gol contra de Marcelo aos protestos contra a conquista da Copa. A virada do jogo com a vitória brasileiro por 3 x 1 é comparada à mudança de ânimos da população após a Copa começar, ficando quase todos favoráveis.
O jornal New York Times fez um vídeo poético sobre a torcida, mostrando toda a nação diante da TV em diversos lugares do Brasil no momento do primeiro gol de Neymar. Desde militares acompanhando o jogo, passando por um abrigo de idosos, torcedores assistindo nos bares, praias, na fronteira, em Oiapoque etc.
Chefes de Estado ou de governo também comparecem ao Brasil. Além da presença na abertura da Copa de diversos presidentes latino-americanos, Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, mescla contatos de trabalho com assistir à primeira partida da seleção de seu país em Salvador. O mesmo faz o vice-presidente estadunidense Joe Biden.
Enquanto isso, a imprensa oligárquica e tradicional brasileira continua em sua bipolaridade, preservando seus interesses comerciais na cobertura da Copa, mas sempre procurando depreciar o evento por motivos político-eleitorais. O problema é que está cada vez mais difícil sustentar o complexo de vira-latas que querem propagar.
Do jeito que a coisa está indo, a "Copa das Copas" deixará de ser um slogan institucional para consolidar-se como um fato, pelo menos nas mentes do povo brasileiro, dos visitantes estrangeiros e da mídia estrangeira.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Região Metropolitana ganha mais 960 novos leitos. Acompanhe no grupo: #AtualidadesPolíticasdoRs www.facebook.com/groups/amigos.rs/






Rede pública de saúde da Região Metropolitana ganha mais 960 novos leitos

ALVORADA, RS, BRASIL, 11.06.14: O Diálogo CdesRS, que acontece em Alvorada, trata dos seguintes assuntos: segurança pública, patrulha maria da penha, delegacia da mulher, território da paz, efetivo e viaturas. Foto: Gustavo Gargioni/Especial Palácio Piratini




Ao todo, o investimento será de R$ 124 milhões, beneficiando os municípios de Alvorada, Porto Alegre, Viamão e Cachoeirinha - Foto: Alina Souza/Especial Palácio Piratini Download HD (1,25 MB)

A rede pública de saúde da Região Metropolitana ganhou nesta quarta-feira (11) o reforço de mais 960 leitos hospitalares. O anúncio foi realizado pelo governador Tarso Genro durante as atividades da Interiorização de Governo em Alvorada, que contou com mais uma edição do evento Diálogos Cdes. Com a secretária da Saúde, Sandra Fagundes, o chefe do Executivo assinou convênios com o Instituto de Cardiologia que preveem ampliação dos leitos em Porto Alegre, Viamão e Cachoeirinha, que vão receber 240 unidades cada. Alvorada também foi contemplado com 141 leitos. Ao todo o investimento será de R$ 124 milhões.
Diretor-presidente do Instituto de Cardiologia, Ivo Nesralla agradeceu o aporte ao setor e disse que a ampliação dos leitos vai garantir melhor atendimento à população. "Representa um grande impulso na saúde, porque esses quase mil leitos poderão atender não apenas a Grande Porto Alegre, mas também cidades próximas. Fico muito contente pelo Instituto de Cardiologia em poder assinar esses convênios".
Com o prefeito Sérgio Maciel, o governador destacou a integração entre os poderes municipal e estadual. Tarso explicou as diretrizes de governo implementadas em mais de três anos junto às prefeituras. "Construimos, ou em uma determinada região ou em cidades conturbadas, um processo prévio de apuração de problemas, por contatos feitos por secretários, prefeitos, e o governador. Depois construímos um diálogo para tomar as medidas adequadas às necessidades da comunidade, para que não sejam decisões artificiais".
PavimentaçãoDurante a Interiorização, foi assinado convênio no valor de 1,8 milhão para novas obras de pavimentação em Alvorada, além da confirmação da ordem de pagamento de outros R$ 5,4 milhões. Por meio da Metroplan, os recursos serão aplicados na pavimentação de 16 ruas. As obras foram escolhidas através do Sistema Estadual de Participação Popular e Cidadã, referentes aos anos de 2011, 2012 e 2013.
SegurançaCom o secretário da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Airton Michels, o governador entregou uma viatura da Brigada Militar que será utilizada nas Patrulha Maria da Penha em Alvorada.
Revitalização da Lagoa do CocãoAinda dentro da programação dos Diálogo Cdes-RS, durante a programação da Interiorização de Governo, o governador e o presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, anunciaram o convênio entre a Corsan e o município de Alvorada, no qual a companhia compromete-se a repassar recursos que revitalizarão a área pública da Lagoa do Cocão. 
As verbas são de, aproximadamente, R$ 1 milhão. Será executada a instalação de infraestrutura para lazer e esporte. As obras serão realizadas pela administração municipal. A companhia repassará o recurso à prefeitura como medida compensatória pela implantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Os investimentos da Corsan, que incluem a ETE, elevarão a cobertura de esgoto para 67% em Alvorada e para 39% em Viamão. A companhia está investindo R$ 267 milhões na ampliação do sistema de esgotamento sanitário integrado das duas cidades, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

sábado, 7 de junho de 2014

Ex Presidente Lula diz que referente ao tratamento que a mídia Brasileira têm dado ao Governo Dilma “o povo brasileiro não sabe de 30% do que ela está fazendo pelo país”. Acompanhe: www.facebook.com/groups/amigos.rs/

21º Encontro do PT lança Tarso e Dilma
candidatos a reeleição
Encontro reuniu Dilma, Lula, Tarso, Olívio, Paim e Abigail - Tito Barboza
Encontro reuniu Dilma, Lula, Tarso, Olívio, Paim e Abigail
Tito Barboza
No 21º Encontro do Partido dos Trabalhadores, realizado nesta sexta-feira (6) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, 300 delegados(as) estaduais aprovaram o documento base com as Diretrizes do Programa de Governo da coligação Unidade Popular Pelo Rio Grande e a chapa majoritária para as eleições de outubro deste ano. O encontro contou com as presenças da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, do pré-candidato à reeleição ao governo do Estado do RS, Tarso Genro, e do pré-candidato ao Senado Federal, Olívio Dutra, além de deputados estaduais e federais.
A chapa majoritária conta com a pré-candidatura de Abigail Pereira (PCdoB) à vice-governadora e o apoio de partidos aliados - PTB, PR, PROS, PTC e PPL - além do indicativo da chapa proporcional, com os pré-candidatos a Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Foi o último evento estadual do partido antes da oficialização das candidaturas pela Executiva Estadual, marcada para o dia 22 de junho.
A verdade será vencedora
Presidenta Dilma Rousseff - Tito Barboza
Presidenta Dilma Rousseff
Tito Barboza
Em seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff abordou as batalhas que serão enfrentadas na campanha, sustentando que “nesta eleição é a verdade que vai vencer toda a mentira disseminada pelo país, é a visão de futuro que vai vencer aqueles que querem voltar ao passado”. Referiu o movimento avassalador de desconcentração de renda no país iniciado na gestão do ex-presidente Lula e que tem a honra de dar continuidade a seu governo.
Dilma afirmou que a redução da desigualdade vivida pelo Brasil na última década foi democrática e pacífica, um processo absolutamente diferenciado em relação ao resto do mundo, e todos os dados mostram que ele continua a partir do exame dos números de 2013, apesar de muitos afirmarem o contrário. Segundo ela, esta transformação ainda está em curso. “Antes, buscávamos sair das crises com um receituário de aumento de juros, venda do patrimônio público e arrocho salarial; nós mudamos isto, crescemos com distribuição de renda, aumento dos salários, do poder de compra do trabalhador e inclusão dos setores menos favorecidos”.
Dilma apontou a criação de 20 milhões de empregos com carteira assinada como um dos grandes símbolos dos governos petistas. Neste período, citou, “demos vários passos, realizamos um conjunto de políticas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Água Para Todos, a criação de dezenas de universidades públicas; construímos toda uma rede de proteção social. A crise que veio de fora não nos impediu de fazer o melhor possível”.
Ela ainda citou um conjunto de obras realizadas no estado, como a BR 448, a nova Ponte do Guaíba, o Metrô de Porto Alegre, o Polo Naval de Rio Grande, a construção de 233 mil moradias, a qualificação profissional via Pronatec, que abriu vagas para milhões de pessoas, como resultado da união de esforços entre Estado e União. “São verdades que devemos nos orgulhar, nunca se investiu tanto no Rio Grande do Sul como agora”, disse. “Não fui eleita para colocar a corrupção para debaixo do tapete e, agora, é hora de avançarmos com reformas estruturantes, como a reforma política, como a proposta de darmos mais voz aos setores organizados da sociedade, através dos conselhos consultivos. Temos a missão de uma transformação política que só será possível com a participação popular”.
Encontro lotou o Dante Barone - Tito Barboza
Encontro lotou o Dante Barone
Tito Barboza
A presidenta disse que as manifestações anti-Copa foram organizadas para desconstituir a imagem do governo e lembrou que são anteriores mesmo às jornadas de junho de 2013. Em 2011, informou a presidenta, uma revista brasileira dizia que alguns estádios ficariam prontos somente em 2038. Ela também rebateu o argumento de que o governo aplicou em estádios recursos que deveriam ir para a saúde e educação. No último setor, por exemplo, foram investidos R$ 280 bilhões de recursos da União, enquanto o dinheiro para estádios é recurso bancário oriundo de empréstimo. Dilma falou sobre a política energética, afirmando que não haverá crise nem corte em fornecimento. Citou os investimentos nos aeroportos que duplicaram a capacidade de embarque e desembarque e enfatizou que o uso para a Copa do Mundo é uma decorrência disso. “Tudo que fizemos é legado para a população, é padrão Brasil, não é padrão Fifa”.
Sujeitos e não objetos
Olívio Dutra destacou que “somos todos militantes para a construção desta história, para consolidarmos a transformação deste país em uma grande Nação. Nosso projeto incorpora as pessoas do bem deste estado e deste país, onde as pessoas são sujeitos e não objetos. É esta política deve funcionar bem e melhor para a maioria e não para poucos”.
Desinformação e vira-latas
Ex-presidente Lula - Tito Barboza
Ex-presidente Lula
Tito Barboza
Em seu discurso, o ex-presidente Lula disse entender que, por conta do tratamento que a imprensa brasileira tem dado ao governo de Dilma Rousseff , “o povo brasileiro não sabe de 30% do que ela está fazendo pelo país”. Para ele, há um processo de desinformação premeditado, para que as pessoas só saibam o que está errado. Disse que há um desejo de diminuir o papel do Brasil e mostrar o governo com um perfil que não é o verdadeiro. “É verdade que falta ainda muito por fazer, mas é preciso que todos questionem como era este país em 2002, em quê momento histórico o país esteve melhor do que está hoje”, perguntou. “Enquanto o mundo desenvolvido fechou 66 milhões de postos de trabalho na última década, este país criou 10 milhões de novos postos de trabalho”, apontou. Esta é a tática, apontou: desinformar, questionar como conseguimos tantas conquistas e avanços para o povo trabalhador, coisa que eles não souberam fazer em seus governos."Quando eles falam em choque de gestão, significa que os trabalhadores vão entrar pelo cano. Precisamos levantar a cabeça e mostrar que, neste período, disponibilizamos 49 milhões de hectares para a reforma agrária, 55% de tudo que foi disponibilizado em 500 anos de história”.
Vitória do povo gaúcho
Governador Tarso Genro - Tito Barboza
Governador Tarso Genro
Tito Barboza
O governador Tarso Genro sustentou que os governos de Lula e Dilma são um exemplo para a Europa e a América Latina. “Enquanto a Europa está encurralada pela crise do modelo neoliberal, nós aqui, liderados por Lula e Dilma, crescemos, distribuímos renda e apontamos para um futuro com mais justiça e igualdade.
O encontro iniciou com a apresentação de um vídeo demonstrando as conquistas do povo brasileiro na última década. O presidente do PTRS, Ary Vanazzi, leu a síntese do documento aprovado pelos presentes, que reafirma os compromissos do partido com a retomada do Estado como vetor de desenvolvimento econômico, inclusão social e distribuição de renda. Vanazzi destacou que o governo Tarso Genro rompeu com a trajetória de desmonte do Estado, promovido pelos governos Britto e de Yeda, defendeu o aprofundamento das relações com o governo federal, da democracia e das reformas estruturais. Destacou, ainda, a necessidade da democratização da mídia e a reforma política com o objetivo de ampliar o processo democrático.