domingo, 14 de abril de 2013

foto do assassino confesso de seis taxistas. Prisão e matéria completa das investigações e das mortes-Luan Barcelos da Silva, 21 anos,

Foto: MORTE DE TAXISTAS: Perfil do Facebook exibe foto do assassino confesso de seis taxistas. Luan Barcelos da Silva, 21 anos, se apresenta como de Santana do Livramento, morador da Capital.

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Foto: Reprodução, FacebookPolícia sobre suspeito de matar taxistas no RS: "ele saiu para matar"

Investigação não descarta que o jovem de 21 anos tenha problemas mentais

O suspeito de ter assassinado seis taxistas no Rio Grande do Sul - três em Porto Alegre e três em Santana do Livramento - estava decidido a matar. "Ele disse que saiu para matar, tanto que a primeira coisa que fazia era matar", explicou a delegada Melina Bueno durante coletiva de imprensa neste domingo na capital. Segundo a polícia, Luan Barcelos da Silva, 21 anos, confessou ontem em depoimento que foi o autor dos crimes e alegou motivação financeira, mas a investigação não descarta que o jovem tenha problemas mentais. 
O jovem é natural de Santana do Livramento e morava em Porto Alegre há cerca de dois anos e meio. Ontem, ele foi preso em sua residência no bairro Santa Cecília. No local, a polícia recolheu roupas e uma mochila que teriam sido usadas na noite dos crimes na capital. Um teste com luminol - substância que mostra a presença de sangue - deu positivo.
A polícia preferiu manter em sigilo os detalhes da investigação, mas explicou que se baseou em depoimentos de testemunhas e em elementos periciais, entre eles, as imagens gravadas por câmeras nas duas cidades. O jovem relatou que estava com o aluguel da casa, onde morava com mais um amigo, atrasado há cerca de 10 dias. A dívida era em torno de R$ 1,25 mil.
Melina, que colheu o depoimento do suspeito, disse que ele relatou os detalhes sobre os assassinatos de forma tranquila e fria. E confessou ter cometido todos os homicídios com a mesma arma, de calibre 22, que ganhou de um amigo. "Ele precisava de dinheiro. Tentou vender notebook e celular em Santana do Livramento, mas não conseguiu. Então resolveu atacar taxistas porque era mais fácil", contou a delegada.  
As mortes
Na madrugada do dia 30 de março, três taxistas foram assassinados em Porto Alegre com tiros de calibre 22. Na mesma semana, outros três foram mortos por uma arma do mesmo calibre nas cidades de Santana do Livramento (RS) e Rivera, no Uruguai.
Os assassinatos de taxistas na capital provocou várias manifestações da categoria pelas ruas da cidade. Os profissionais chegaram a ir até a casa do governador Tarso Genro (PT) para pedir Justiça e mais segurança. 
 Suspeito das mortes de seis taxistas foi preso ontem no bairro Santa Cecília, na Capital - Foto: Agência RBS
A Polícia prendeu um homem de 21 anos que confessou ter assassinado os seis taxistasem Santana do Livramento e em Porto Alegre. As três primeiras mortes ocorreram dia 28 de março e as outras três, na zona Norte da Capital, 48 horas depois.
Ele foi preso em Porto Alegre, no bairro Santa Cecília, e é natural de Santana do Livramento. A família dele ainda reside na Fronteira-Oeste. A prisão ocorreu ontem pela manhã e só foi divulgada hoje. Isso porque agentes das Delegacias de Homicídios da Capital e da Delegacia Regional de Santana do Livramento passaram o dia inteiro ontem interrogando o suspeito.
Segundo a Polícia, ele revelou todos os detalhes dos crimes e disse que o motivo foi financeiro. O jovem disse que estava com o aluguel onde reside atrasado, no entanto, um amigo que mora com ele negou. Ele foi reconhecido por testemunhas através de fotos e também por familiares.
Imagens
O suspeito aparece em todas as imagens de câmeras analisadas pela Polícia em relação aos crimes da Capital. Além disso, não tem antecedentes por crimes mais graves, apenas um por lesões corporais. A Polícia não descarta que o jovem tenha problemas mentais, por isso ele deve passar por uma avaliação. O jovem estuda e trabalha em Porto Alegre.
Coletiva para imprensa
Todos os demais fatos serão repassados à imprensa em uma coletiva  às 11h, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.

Preso suspeito de ter matado seis taxistas no Estado  

Um jovem de 21 anos sem antecedentes criminais confessou a autoria do homicídio de seis taxistas em março, três em Porto Alegre e três em Santana do Livramento. A informação é do chefe de polícia Ranolfo Vieira Júnior. O jovem nasceu em Santana do Livramento e mora na Capital há dois anos. Ele foi preso neste sábado.

— A polícia tem farta prova material e pericial — comemorou Vieira Júnior, evitando dar mais detalhes. 

Ele foi preso sábado pela manhã no bairro Santa Cecília. De acordo com a polícia, o jovem é de classe média e veio há dois anos para a Capital para trabalhar e estudar. 

Medo e violência acompanham taxistas na madrugada da Capital
GALERIA DE FOTOS: a noite dos motoristas de táxis
Opinião: mortes de taxistas na Fronteira e na Capital têm coincidências demais

A polícia tinha cerca de 20 celulares grampeados, da família do jovem e os que ele roubou das vítimas. Ele distribuiu objetos roubados para parentes, como um celular e uma lanterna. Foi apreendida uma roupa suja de sangue em Santana do Livramento, que será periciada. 

Mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de  imprensa às 11h, no Palácio da Polícia, com a presença do Chefe de Polícia, do subsecretário de segurança do Estado, Juarez Pinheiro, do Comando da Brigada Militar e da Direção do Instituto Geral de Perícias. 


Polícia divulga nome de assassino confesso de seis taxistas 

O suspeito de matar seis taxistas em uma onda de crimes que aterrorizou o Estado é um jovem de classe média de 21 anos, nascido em Santana do Livramento e morador da Capital. Ele foi preso pela Polícia Civil em Porto Alegre, na tarde de sábado, no bairro Santa Cecília. Sua identidade e os detalhes do caso foram apresentados em uma entrevista coletiva realizada na manhã deste domingo. 

Em depoimento, Luan Barcelos da Silva deu detalhes sobre todos os crimes praticados nos dias 28 e 30 de março. No primeiro dia, ele matou três taxistas em Livramento. No segundo, outros três na Capital. Ele contou aos policiais que estava devendo o aluguel do apartamento de dois quartos onde morava com um amigo. Criado pelos avós no Interior, mudou-se para a Capital há cerca de dois anos e meio, onde trabalhava como corretor de imóveis. 

No final do ano passado, acabou ficando sem trabalho e passou a enfrentar dificuldades financeiras. Em março, antes da onda de mortes, viajou para Livramento com a intenção de vender um notebook e uma máquina fotográfica para conseguir dinheiro. Como não encontrou comprador, decidiu matar e roubar taxistas. 

— As roupas usadas por ele em Santana do Livramento e na Capital estão sujas de sangue. Eu acompanhei todo o interrogatótio dele, que foi feito na presença de um advogado. É uma pessoa fria e calculista. Ele contou em detalhes caso a caso, como foi a morte de todos os taxistas — afirmou o chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior. 

Polícia descreve suspeito como frio e calculista 

Segundo depoimento dado aos policiais, o assassino confesso tomava os táxis, sentava no banco de trás e disparava contra a cabeça dos motoristas sem anunciar o assalto. Removia os corpos dos veículos, ficava com os bens das vítimas e seguia com o táxi até encontrar o próximo alvo. Em Porto Alegre, deixou de matar um taxista porque o condutor desconfiou e pediu que ele se sentasse no banco dianteiro. 

— Ele confessou ainda que utilizou a mesma arma, um revólver calibre 22, sete tiros. Ele tem experiência com armas porque serviu ao Exército e diz que usou um tipo de munição em Santana do Lvramento e outro, em Porto Alegre. Isso explica a dificuldade encontrada pela perícia num primeiro momento. 

A sucessão de latrocínios rendeu ao suspeito R$ 470 em Livramento e R$ 400 em Porto Alegre. Depois dos crimes, o suspeito conseguiu um emprego como orientador educacional de informática para crianças. Luan foi levado para um presídio do Interior não revelado pela polícia por razões de segurança. 
Confira a cronologia do caso da morte de taxistas em Santana do Livramento e na Capital:
28 de março – Os corpos de três taxistas de Santana do Livramento foram encontrados jogados em áreas residenciais com marcas de tiros na cabeça. Seus táxis foram achados distantes dos veículos. Os cadáveres e os automóveis foram localizados em Santana do Livramento e na cidade vizinha uruguaia, Rivera. Enio Rolim Lecina,Helio Beltrão do Espírito Santo Pinto e Márcio Fabiano Magalhães Oliveira eram as vítimas.
30 de março – Outros três taxistas foram mortos da mesma forma dois dias depois, na Capital. As vítimas: Eduardo Ferreira Haas, 31 anos, Cláudio Gomes, 59, e Edson Roberto Loureiro Borges, 49 anos. A notícia provocou revolta entre os colegas da categoria, que fizeram protestos, dentre eles, uma manifestação em frente à casa do governador Tarso Genro. 
Entre as reivindicações, os representantes pediram que nas barreiras, além da abordagem ao motorista, os passageiros também fossem revistados. Tarso prometeu estudar mudanças nas blitze da Brigada Militar para tentar diminuir a violência noturna em Porto Alegre. 
31 de março – Fotos de dois homens começaram a ser distribuídas entre os motoristas e colocadas nos pontos de táxi. Além de procurar o assassino dos três taxistas na Capital, os policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tinham de acalmar os ânimos dos colegas das vítimas. 2 de abril – Na Delegacia de Roubos do Departamento de Investigações Criminais (DEIC), na Capital, foi realizada uma nova perícia nos táxis das vítimas.
13 de abril – Preso suspeito de ter matado os seis taxistas, sábado pela manhã, no bairro Santa Cecília. De acordo com a polícia, o jovem é de classe média e veio há dois anos para a Capital para trabalhar e estudar.  
Saiba mais:

Três suspeitos são detidos com celular de taxista morto na Fronteira Oeste


Agentes da Polícia Civil detiveram em Porto Alegre três homens suspeitos de envolvimento na morte de três taxistas em Santana do Livramento. O celular de um dos motoristas foi encontrado em poder deles. É a primeira prova material ligada aos crimes e que resulta em prisões.

Os motoristas foram assassinados com tiros na cabeça na madrugada de 28 de março. Outros três taxistas foram mortos da mesma forma dois dias depois, na Capital.

A suspeita de que as duas séries de crimes estejam ligadas aumentou na noite de quarta-feira, quando policiais civis de Porto Alegre detiveram três homens. O trio é suspeito de receptar o telefone celular de um dos taxistas assassinados em Santana do Livramento. Os policiais rastrearam o aparelho e descobriram que estava sendo usado na Capital.

Os três prestaram depoimento e deverão responder em liberdade pelo crime de receptação. Eles não estariam diretamente envolvidos no assassinato, apenas usaram o celular. Os policiais tentam agora descobrir quem revendeu o aparelho para o trio. O levantamento que levou à detenção dos suspeitos foi feito pelo delegado Eduardo Finn, de Santana do Livramento.

Há desconfiança de que os crimes possam estar interligados. Tanto na Fronteira como na Capital a arma usada nos crimes tem calibre .22. Todos os seis motoristas foram mortos com disparos na nuca ou numa das têmporas. Todos tinham a mesma profissão e foram mortos em horários semelhantes, na madrugada. Em todos os casos, menos um, o motorista foi largado na via e o automóvel, levado pelo assassino e abandonado em outro local.

As hipóteses para os assassinatos são variadas. Na Fronteira, a convicção mais forte é de que se trata de mortes encomendados pelo crime organizado: tráfico ou contrabando. Motoristas mortos estariam envolvidos nesse tipo de atividade e teriam, inclusive, recebido ameaças antes de serem assassinados. Já na Capital, cresce a desconfiança de que a vingança possa ter sido praticada por um psicopata _ ou um matador a serviço do crime.

Lembre do caso 
No dia 27 de março, os corpos de três taxistas de Santana do Livramento foram encontrados jogados em áreas residenciais com marcas de tiros na cabeça. Seus táxis foram achados distantes dos veículos. Os cadáveres e os automóveis foram localizados em Santana do Livramento e na cidade vizinha uruguaia, Rivera.

As vítimas
  Enio Rolim Lecina - Brasileiro, morava em Rivera, mas trabalhava como autônomo na rodoviária de Santana do Livramento. Conhecido como Tito, tinha 56 anos. Segundo a família, Tito morava com a mulher, tinha uma filha de 24 anos e não possuía inimizades. O carro que usava para trabalhar, do qual era proprietário, um Elba verde escuro, foi encontrado no bairro Amour, em Santana do Livramento. O corpo da vítima foi localizado em Rivera. Ele atuava como taxista há 25 anos.


 Helio Beltrão do Espírito Santo Pinto - Brasileiro, 46 anos, morava em Santana do Livramento. Era casado e tinha três filhas. Segundo familiares, mudaria para Caxias do Sul no fim do mês para trabalhar em uma fábrica. Era ex-policial militar e teria sido expulso da corporação por suposta corrupção. A família suspeita de vingança. Trabalhava como taxista desde que saiu da BM. O carro que usava para o serviço - era funcionário -, um Uno branco, foi encontrado a seis quilômetros de distância do corpo da vítima. 

 Márcio Fabiano Magalhães Oliveira - Uruguaio, tinha 33 anos e residia em Santana do Livramento. Oliveira foi encontrado morto em Santana do Livramento. Já o Gol Branco, que utilizava para trabalhar, foi achado no centro de Rivera.
ZERO HORA

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