sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quem são os criminosos presos após assalto com reféns na Azenha



Dois dos três detidos eram foragidos; todas tinham antecedentes criminais

Quem são os criminosos presos após assalto com reféns na Azenha Divulgação, Polícia Civil /
Gilson, Michael e Rafael (da esquerda para direita) já tinham passagens pela políciaFoto: Divulgação, Polícia Civil
Os três assaltantes que na tarde de quinta-feira fizeram 35 reféns durante umassalto à agência do banco Bradesco, na Avenida Azenha, na Capital, até meados do ano passado estavam reclusos em cadeias gaúchas. Do trio preso e encaminhado ao Presídio Central, dois eram foragidos e um estava em liberdade provisória.

Pelos antecedentes policiais, Michael Silveira Nunes, 22 anos, Rafael Lopes de Almeida, 21, e Gilson Silva dos Santos, 30, não tinham relações com assalto a bancos. Tráfico, pequenos roubos e furtos, além de porte ilegal de armas, estão entre os delitos que se repetem em suas fichas.

— Um deles é um velho conhecido da polícia. Já era investigado por outros roubos a estabelecimento comerciais — revela o delegado Rodrigo Bozzeto, que responde pela Delegacia de Roubos (Deic) e mantém uma equipe de 15 homens para buscar os comparsas dos assaltantes.

Mais velho do grupo, Gilson estava foragido desde outubro do ano passado, quando cumpria pena da Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. Sua biografia criminal data do começo dos anos 2000, com arrombamentos de estabelecimentos comerciais, tráfico de entorpecentes e porte ilegal de armas, além de uma fuga e recaptura da cadeia.

Michael Silveira Nunes envolveu-se em crimes de tráfico de entorpecentes e foi indiciado pela morte de um homem em Viamão, em 2008. Cumpria pena no Presídio Central, até receber a liberdade provisória em setembro do ano passado.

Rafael Lopes de Almeida fugiu do Instituto Penal Irmão Miguel Dario, na Capital, em setembro de 2011. Envolveu-se em um homicídio em Porto Alegre, em 2010, e responde por dois assaltos a transporte coletivo em 2008.

Como foi o assalto


Os assaltantes utilizaram uma cadeira de rodas para entrar no estabelecimento com as armas. Se passando por portador de deficiência, um dos bandidos conseguiu acessar o estabelecimento por uma entrada lateral, sem detector de metais, com as armas escondidas.

Os criminosos aproveitaram a troca dos vigilantes, às 16h, e iniciaram o assalto. Uma pessoa no interior do banco ligou para o 190 informando o que acontecia. Foi isso que fez os bandidos recuarem para dentro da agência e renderem funcionários e clientes.

A partir das 18h30min, os três criminosos começaram a soltar os reféns. A pedido da Brigada Militar, eles saíram em pequenos grupos, de dois um três. O temor era que uma debandada poderia gerar pânico e revezes na negociação que se estendera por horas. Ninguém foi ferido durante a ação.

Outros bandidos teriam fugido após a chegada da polícia

Na ação, a Avenida da Azenha e a Rua Florianópolis, nos fundos da agência, sofrerambloqueios para evitar a fuga dos assaltantes. A interdição provocou engarrafamento nas principais avenidas da Capital, como Ipiranga, Erico Veríssimo e João Pessoa, especialmente de pessoas que se dirigiam ao jogo Inter x Juan Aurich, no Beira-Rio, pela fase de grupos da Libertadores da América.

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