sexta-feira, 5 de abril de 2013

Governo desonera folha de pagamento de mais 14 setores


Edição do dia 05/04/2013
06/04/2013 00h44 - Atualizado em 06/04/2013 00h45


Objetivo é aumentar produtividade e estimular investimentos.
Construção, transportes, comunicação e defesa estão entre os setores.

Carla ModenaSão Paulo, SP

Preocupado com o ritmo fraco da economia, o ministro da Fazenda anunciou nesta sexta-feira (5) a desoneração da folha de pagamento para mais 14 setores. Entre as áreas beneficiadas, estão empresas de construção e obras de infraestrutura, transportes, comunicação e defesa.
As empresas vão deixar de recolher a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento e passarão a pagar uma alíquota de 1% ou 2% sobre o faturamento, dependendo do setor.
“Nós vivemos uma economia mundial conturbada, onde ainda estamos com uma crise na Europa e uma recuperação lenta nos EUA e outros países, e isto exige aumento da competitividade das empresas brasileiras,”, diz Guido Mantega.
Com a redução da contribuição, a Receita Federal vai deixar de arrecadar R$ 5,4 bilhões.. O governo não tinha espaço no orçamento para fazer a desoneração esse ano, que só entrará em vigor em 2014. Até lá, as empresas terão tempo para se planejar. A ideia é que sobrem mais recursos para aumentar a produção.
Luciano Rostagno, estrategista do banco WestLB, lembra que outros 42 setores já tinham sido beneficiados com a desoneração, e que as medidas do governo para atacar a alta carga tributária têm uma limitação. “O objetivo é atacar um dos principais problemas para a indústria domestica, que é a alta carga tributária. O governo está buscando via desonerações dar competitividade para a indústria, para que ela possa se recuperar e com isso, também, proporcionar um maior crescimento do PIB”, diz.

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