21º Encontro do PT lança Tarso e Dilma
candidatos a reeleição
No 21º Encontro do Partido dos Trabalhadores, realizado nesta sexta-feira (6) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, 300 delegados(as) estaduais aprovaram o documento base com as Diretrizes do Programa de Governo da coligação Unidade Popular Pelo Rio Grande e a chapa majoritária para as eleições de outubro deste ano. O encontro contou com as presenças da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, do pré-candidato à reeleição ao governo do Estado do RS, Tarso Genro, e do pré-candidato ao Senado Federal, Olívio Dutra, além de deputados estaduais e federais.
A chapa majoritária conta com a pré-candidatura de Abigail Pereira (PCdoB) à vice-governadora e o apoio de partidos aliados - PTB, PR, PROS, PTC e PPL - além do indicativo da chapa proporcional, com os pré-candidatos a Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Foi o último evento estadual do partido antes da oficialização das candidaturas pela Executiva Estadual, marcada para o dia 22 de junho.
A verdade será vencedora
Em seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff abordou as batalhas que serão enfrentadas na campanha, sustentando que “nesta eleição é a verdade que vai vencer toda a mentira disseminada pelo país, é a visão de futuro que vai vencer aqueles que querem voltar ao passado”. Referiu o movimento avassalador de desconcentração de renda no país iniciado na gestão do ex-presidente Lula e que tem a honra de dar continuidade a seu governo.
Dilma afirmou que a redução da desigualdade vivida pelo Brasil na última década foi democrática e pacífica, um processo absolutamente diferenciado em relação ao resto do mundo, e todos os dados mostram que ele continua a partir do exame dos números de 2013, apesar de muitos afirmarem o contrário. Segundo ela, esta transformação ainda está em curso. “Antes, buscávamos sair das crises com um receituário de aumento de juros, venda do patrimônio público e arrocho salarial; nós mudamos isto, crescemos com distribuição de renda, aumento dos salários, do poder de compra do trabalhador e inclusão dos setores menos favorecidos”.
Dilma apontou a criação de 20 milhões de empregos com carteira assinada como um dos grandes símbolos dos governos petistas. Neste período, citou, “demos vários passos, realizamos um conjunto de políticas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Água Para Todos, a criação de dezenas de universidades públicas; construímos toda uma rede de proteção social. A crise que veio de fora não nos impediu de fazer o melhor possível”.
Ela ainda citou um conjunto de obras realizadas no estado, como a BR 448, a nova Ponte do Guaíba, o Metrô de Porto Alegre, o Polo Naval de Rio Grande, a construção de 233 mil moradias, a qualificação profissional via Pronatec, que abriu vagas para milhões de pessoas, como resultado da união de esforços entre Estado e União. “São verdades que devemos nos orgulhar, nunca se investiu tanto no Rio Grande do Sul como agora”, disse. “Não fui eleita para colocar a corrupção para debaixo do tapete e, agora, é hora de avançarmos com reformas estruturantes, como a reforma política, como a proposta de darmos mais voz aos setores organizados da sociedade, através dos conselhos consultivos. Temos a missão de uma transformação política que só será possível com a participação popular”.
A presidenta disse que as manifestações anti-Copa foram organizadas para desconstituir a imagem do governo e lembrou que são anteriores mesmo às jornadas de junho de 2013. Em 2011, informou a presidenta, uma revista brasileira dizia que alguns estádios ficariam prontos somente em 2038. Ela também rebateu o argumento de que o governo aplicou em estádios recursos que deveriam ir para a saúde e educação. No último setor, por exemplo, foram investidos R$ 280 bilhões de recursos da União, enquanto o dinheiro para estádios é recurso bancário oriundo de empréstimo. Dilma falou sobre a política energética, afirmando que não haverá crise nem corte em fornecimento. Citou os investimentos nos aeroportos que duplicaram a capacidade de embarque e desembarque e enfatizou que o uso para a Copa do Mundo é uma decorrência disso. “Tudo que fizemos é legado para a população, é padrão Brasil, não é padrão Fifa”.
Sujeitos e não objetos
Olívio Dutra destacou que “somos todos militantes para a construção desta história, para consolidarmos a transformação deste país em uma grande Nação. Nosso projeto incorpora as pessoas do bem deste estado e deste país, onde as pessoas são sujeitos e não objetos. É esta política deve funcionar bem e melhor para a maioria e não para poucos”.
Desinformação e vira-latas
Em seu discurso, o ex-presidente Lula disse entender que, por conta do tratamento que a imprensa brasileira tem dado ao governo de Dilma Rousseff , “o povo brasileiro não sabe de 30% do que ela está fazendo pelo país”. Para ele, há um processo de desinformação premeditado, para que as pessoas só saibam o que está errado. Disse que há um desejo de diminuir o papel do Brasil e mostrar o governo com um perfil que não é o verdadeiro. “É verdade que falta ainda muito por fazer, mas é preciso que todos questionem como era este país em 2002, em quê momento histórico o país esteve melhor do que está hoje”, perguntou. “Enquanto o mundo desenvolvido fechou 66 milhões de postos de trabalho na última década, este país criou 10 milhões de novos postos de trabalho”, apontou. Esta é a tática, apontou: desinformar, questionar como conseguimos tantas conquistas e avanços para o povo trabalhador, coisa que eles não souberam fazer em seus governos."Quando eles falam em choque de gestão, significa que os trabalhadores vão entrar pelo cano. Precisamos levantar a cabeça e mostrar que, neste período, disponibilizamos 49 milhões de hectares para a reforma agrária, 55% de tudo que foi disponibilizado em 500 anos de história”.
Vitória do povo gaúcho
O governador Tarso Genro sustentou que os governos de Lula e Dilma são um exemplo para a Europa e a América Latina. “Enquanto a Europa está encurralada pela crise do modelo neoliberal, nós aqui, liderados por Lula e Dilma, crescemos, distribuímos renda e apontamos para um futuro com mais justiça e igualdade.
O encontro iniciou com a apresentação de um vídeo demonstrando as conquistas do povo brasileiro na última década. O presidente do PTRS, Ary Vanazzi, leu a síntese do documento aprovado pelos presentes, que reafirma os compromissos do partido com a retomada do Estado como vetor de desenvolvimento econômico, inclusão social e distribuição de renda. Vanazzi destacou que o governo Tarso Genro rompeu com a trajetória de desmonte do Estado, promovido pelos governos Britto e de Yeda, defendeu o aprofundamento das relações com o governo federal, da democracia e das reformas estruturais. Destacou, ainda, a necessidade da democratização da mídia e a reforma política com o objetivo de ampliar o processo democrático.
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